Registros de novos casos de aids caem 90% na região 3w4f6o

Em 2019, foram 57 novas notificações, em 22 municípios. Este ano, apenas seis. Para enfermeira da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde, estas são as subnotificações, ou seja, pessoas não realizaram o exame para diagnóstico em virtude da pandemia 3z534s

Registros de novos casos de aids caem 90% na região
O preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, ível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Além disso, ele evita uma gravidez não planejada

Dados da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Santa Rosa, e abrangência em 22 municípios – entre eles, Três de Maio – apontam que de janeiro a novembro deste ano foram apenas seis novos casos notificados de Aids. Ou seja, queda de 90% em relação a 2019, que somou 57 novos casos.


Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da 14ª CRS, Stela Maris Rossato, a queda pode não estar relacionada à maior prevenção, mas sim a subnotificação de casos devido à pandemia de Covid-19, pois no período muitas pessoas deixaram de realizar os testes.


Em contrapartida, ela aponta um ponto positivo, pois cada vez mais as pessoas infectadas não apresentam sintomas. “O que quer dizer que tiveram a possibilidade de fazer o diagnóstico mais precocemente e iniciar o tratamento. Desta forma a chance de transmitir para outras pessoas diminui”.


Sobre os casos de HVI, eles também tiveram uma diminuição considerável, pois aram de 35 no ano ado para 20 neste ano. No total, dos novos casos de Aids/HIV, somam 26, em 2020, enquanto que em 2019 chegavam a 92.


De acordo com Stela, nos 22 municípios que compõem a 14ª CRS mais de 600 pessoas vivem com HIV/Aids. Elas são acompanhadas e recebem tratamento para o HIV. A enfermeira também explica a “diferença” entre Aids e HIV. “A pessoa pode ter um exame positivo para HIV mas não tem sintomas e os exames de seguimento indicam que não apresentam imunodeficiência. AIDS é quando a pessoa tem um exame positivo e está apresentando sintomas característicos ou os exames de seguimento indicam que apresentam imunodeficiência. Os exames de seguimento (entre outros, a carga viral) via de regra são semestrais e neste momento podemos dizer que por toda a vida. Os protocolos vão se modificando com a evolução das pesquisas”.


A enfermeira também ressalta a preocupação com os casos de notificação de adolescentes com AIDS. Dos 15 aos 19 anos foram sete novos casos entre 2019 e 2020. Já a maioria dos novos casos de HIV – 42 – se concentra em pessoas de 20 a 49 anos, entre o ano ado e este ano.

 

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica da 14ª CRS, Stela Maris Rossato, orienta que as pessoas com suspeita procurem as Unidade de Saúde para fazer a testagem

 

 

Na região são mais de 600 casos

 

Nos 22 municípios que compõem a 14ª Coordenadoria Regional de Saúde de Santa Rosa, mais de 600 pessoas vivendo com HIV/Aids. Elas são acompanhadas e recebem tratamento para o HIV.


A cada ano surgem, em média 70 casos novos de pessoas com HIV. A distribuição de casos por município é homogênea; com isto, municípios mais populosos têm maior número de casos.


A faixa etária predominante é de 20 a 49 anos. Na região, 5 crianças estão em acompanhamento, cuja forma de transmissão ocorreu pela transmissão vertical, ou seja, da mãe para o bebê. 


O tratamento para o HIV é fornecido pelo Ministério da Saúde. E não somente o tratamento, como também os exames de acompanhamento, como por exemplo, carga viral e contagem de linfócitos. Além disto, as pessoas com HIV necessitam vários outros exames e até medicamentos que são fornecidos pelo SUS, cuja atribuição é do município de residência deste usuário.

 

 

Estado é o terceiro no ranking nacional

 

Apesar de uma queda significativa nos últimos 10 anos, que foi de 43,3 casos/100 mil habitantes, em 2009, para 28,3 casos/100 mil habitantes em 2019, o Rio Grande do Sul é o terceiro estado no ranking nacional em relação a pessoas com a doença. Quatro cidades gaúchas aparecem entre as 10 primeiras no levantamento nacional: Rio Grande (1º), Porto Alegre (3º), Novo Hamburgo (6º) e Viamão (9º). Porto Alegre aparecia na 11ª colocação.


Contudo, Porto Alegre segue sendo a capital brasileira como as maiores taxas de detecção, de transmissão vertical e de mortalidade. Com 20 casos a cada mil nascidos vivos, taxa é sete vezes maior do que a nacional e 2,2 vezes maior do que a média do Rio Grande do Sul.

 

 

Dia Mundial da Luta contra a Aids

 

O Dia Mundial da Luta contra a Aids é 1º de dezembro. Segundo o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020 do Ministério da Saúde, atualmente há cerca de 920 mil pessoas que vivem com HIV no país. 


Os números apontam: 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral, 94% que estão em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável.


O documento aponta ainda que os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros, concentram o maior número de casos.  Apesar do alto número, o país registrou uma queda no número de casos de infecção nos últimos anos. Além disso, a taca de mortalidade também apresentou queda de 17,1% nos últimos cinco anos.

 

NÚMEROS EM TRÊS DE MAIO

- Atualmente, são 59 casos. A maioria se concentra na faixa etária de 30 a 50 anos. O caso mais jovem é de 24 anos e o mais velho de 72 anos.
- Com tratamento e acompanhamento adequado, 90% dos casos acompanhados possuem uma boa qualidade de vida.
- Importante lembrar que o exame para diagnóstico do HIV – TESTE RÁPIDO – 
está disponível EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE. É um exame simples, gratuito e ível a toda população.
– Neste ano, foram registrados 3 casos novos, sendo dois de mulheres.
– De janeiro de 2019 até 30 de novembro de 2020, 4 pessoas morreram 
da doença no município. Duas mulheres, com idades de 40 e 49 anos e dois homens, de 36 e 40 anos.