TRÊS DE MAIO E SUA HISTÓRIA - COMO SURGIU O CEMITÉRIO 373c2h
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COMO SURGIU O CEMITÉRIO 125i
O primeiro a doar o terreno que viria a se tornar o atual cemitério da Avenida Santa Rosa, foi o católico Antônio Cerezer, em 1920, para (claro) a Igreja Católica.
O problema é que esta doação foi feita apenas verbalmente, mas mesmo assim, a primeira Comissão da Igreja Católica, formada por Casemiro Kochewiski, Constantino Meller, José Salomão, Armando de Araújo e Silva e Antônio Bao começou a derrubar o mato do terreno, fazer um cercado em volta e erguer uma cruz grande de madeira no meio da propriedade.
O primeiro corpo a ser sepultado foi do sr. Rufino Gonçalves, que morreu assassinado. Logo, Antônio Cerezer vendeu o terreno onde estava localizado o lote do cemitério para um irmão seu, que por sua vez, revendeu o terreno para o Evangélico Protestante Emílio Tesche (não se sabe onde ocorreu a falha de comunicação aí, se entre Antônio Cerezer e o irmão, ou se entre este e Emílio Tesche). Mas o fato é que Emílio Tesche, com a compra do terreno, tornou-se o proprietário legítimo do cemitério, começando ali uma disputa que se estenderia por anos.
O padre Vicente Testani exigiu que a escrituração fosse feita para a Mitra mas, depois de longo diálogo entre a diretoria da Comunidade São Paulo, Emílio Tesche foi solicitado a escriturar a metade do cemitério para a Comunidade São Paulo, com direito de uso para os membros Missouri, e a outra metade, por um certo período, ficou sem ser escriturada, isto é, permaneceu um cemitério público.
Após longo embate, Emílio Tesche finalmente transferiu o cemitério, sendo metade para a Comunidade alemã-evangélica e outra metade para a Comunidade Católica.
O sr. W. Pitrofski foi encarregado então de puxar uma cerca de arame no lado oeste do cemitério e Emílio Tesche providenciou os moirões. Na frente foram plantados carvalhos canadenses e, com a ajuda de Fridolin Fleck, e no corredor foram plantadas palmeiras de coco. Na parte dos fundos foi designada e instalada uma fileira para os sepultamentos de pessoas de outras confissões religiosas e mesmo não-cristãos.
O cemitério foi mais um capítulo da história entre duas religiões que começaram a se estruturar em nosso município em meio a um mundo que aprendia aos poucos a importância de se respeitar as diferentes formas de pensar e crer, e hoje são um grande exemplo de convivência e respeito mútuo. Afinal, para nós cristãos, Deus sempre será um só!
Fontes: Atas da igreja evangélica e Livro do Tombo n° 1 da igreja católica.
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