TRÊS DE MAIO E SUA HISTÓRIA - JOÃO ADÃO JOST 4s6su

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TRÊS DE MAIO  E SUA HISTÓRIA - JOÃO ADÃO JOST

JOÃO ADÃO JOST  1d681t

João Adão Jost nasceu em 18 de janeiro de 1895. Casou-se com Lúcia Juliana Jost e veio morar no povoado de Buricá no ano de 1918. 
Estabeleceu residência no local onde hoje está instalada uma unidade da Tarumã, próximo ao Parque de Exposições. Ali, no ano de 1920, construiu um espaçoso sobrado onde instalou uma Casa Comercial, ponto de parada para vários viajantes que percorriam o estradão entre Flor de Maio e Buricá. Iniciou também uma plantação de fumo e para conseguir preços mais atraentes, viajava com frequência para Santa Cruz do Sul, lugar de onde sempre trazia alguma novidade como novas variedades de tabaco.
Numa dessas viagens, viu em uma propriedade rural um picador de cana-de-açucar, utilizado na alimentação de animais e se propôs a também comprar um. Nesta mesma oportunidade, conheceu um americano, que se comunicava em alemão e este lhe dissera que nos Estados Unidos, na região da Califórnia, estavam inserindo uma nova cultura de uma planta chamada “Soyabean” (hoje chamada de soja), em rodízio com a cultura do fumo e que possuía um alto valor nutritivo para o consumo humano e animal. 
João Adão então foi a Porto Alegre e entrou em contato com a firma Wilson, Sons & Co. Ltd, que era um de seus fornecedores e encomendou um picador de cana. Aproveitou para também pedir que lhe conseguissem amostras da nova planta “Soyabeans” para experimentar no revezamento com seu plantio de fumo. A princípio, os importadores lhe disseram que aquele não era o seu ramo de atuação pois trabalhavam unicamente com a importação de maquinário, mas se prontificaram a verificar junto a sua matriz em Londres ou nos Estados Unidos se haveria tal possibilidade. 
Meses depois, quando João Adão finalmente recebeu o seu picador de cana, dentro da caixa de madeira onde ele vinha acomodado, todo o espaço que não era ocupado pelo picador, estava preenchido com sementes da tal “Soyabean”. Uma parte destas sementes foram plantadas por João Adão no local onde hoje se localiza a Esquina Jost e a outra, distribuída entre os agricultores da região que mantinham relações comerciais com ele. 
Acreditando no potencial do produto como alimento do futuro, João Adão divulgou e incentivou sua produção entre os agricultores através de panfletos e da compra de todo e excedente da produção que não fosse destinado a alimentação de animais, almejando alcançar um nível de produção suficiente para iniciar a exportação do produto para outros países (como pode-se verificar em cartas que trocou na época com o exportador João Coimbra Sobrinho de Rio Grande). 
Porém, no ano de 1927, o comércio com os Estados Unidos foi interrompido. Iniciava-se a grande depressão que abalou a estrutura econômica e acabou por desmontá-la em 1929. Diante da impossibilidade de comercializar a soja com os maiores consumidores do produto na época, João Adão enxergou uma nova oportunidade de negócios para a região no cultivo do algodão, chamado de “Ouro Branco Brasileiro”, que possuía mercado garantido internamente.
Mais uma vez João Adão encomendou sementes, desta vez, vindas do Texas, e estas foram também plantadas e distribuídas pelo alemão que sempre buscava incentivar os demais agricultores de Buricá através de panfletos explicativos do produto, que eram sempre finalizados pela seguinte frase: “FOMENTAR A RIQUEZA AGRÍCOLA, É SERVIR Á PÁTRIA”.
Com toda a certeza!

 

Fonte: Cartas e documentos do arquivo 
pessoal do filho Bernardo Jost.

 

 

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